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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Auto-estranhamento


Eu não sei dizer quem sou...

Mas sei que não sou o mesmo de outros ontens.

Contudo, quem sabe?

O tempo seria um espelho no qual vejo diferentes passados? 

Ou um jogo de cartas marcadas pela morte?

E se a vida continua quem permanece? Quem desvanece? Quem se esquece ou quem se lembra? 

Nesses momentos o ponto (de interrogação) que sou estremece.

Qual a pergunta que nunca foi feita?

Sou um entrante de mim mesmo?

Como posso modificar o que sou quando o que sou é modificação?

Posso revolucionar-me?

De todas as revoluções há aquela que é mais difícil, apesar de totalmente possível, portanto não utópica, onde tudo favorece em seu desfavor e para a qual não há desculpas, pois esta revolução muito própria e solitária é, ao mesmo tempo, estranha e comum (a todos), na qual o ser só pode vir a sucumbir diante de si. Ou não. 

Eis a solidão do(a) guerreiro(a).

DR


segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Há algum culto à divindade no Xamanismo Guerreiro?

- Há algum culto à divindade no Xamanismo Guerreiro?

- Não. Mas há um culto.

- O que se cultua no X. G.?

- A palavra culto talvez não seja a mais adequada pois está contaminada pela ideia devocional ao divino. Na origem da palavra culto temos a ideia de cultivo, cuidado, plantio. Nesse sentido específico o X. G. é um culto, pois o que se cultiva é o poder pessoal, o autodomínio, a saúde, a sobriedade, a impecabilidade. Não há adoração ao divino. A adoração é uma transferência de energia para o que se está adorando.

- Mas se reconhece a existência de algo divino, de superior, de seres divinos?

- Tudo isso tem um caráter religioso, devocional, mas há o reconhecimento de uma fonte da qual tudo emana. A partir de tal concepção não há e nem pode haver distinção entre superior e inferior, tais conceitos, dentro do X. G., são reflexos de nossa autoimportância. Se tudo emana de uma fonte como poderia existir algo superior ou inferior?

- Então no X. G. o ser humano é o centro do culto?

- Se entendermos que devemos cuidar de nossa própria energia e não cultuar a outrem isso é correto.

- Qual o objetivo de cuidar, cultuar, cultivar a própria energia?

- Isso é autoexplicativo, pois não há razão para não fazê-lo, não há sentido em dissipar a própria energia, contudo somos levados a tal através do imperativo biológico da reprodução da espécie e do condicionamento social baseado no sentimento de autoimportância.

- Mas e a busca da liberdade total, da liberdade de percepção?

- Essa é uma busca abstrata, mediata. O que está posto logo de cara para nós, e que é uma sensação física, corporal, perceptível e facilmente constatável pelo praticante, é o bem-estar que deriva do cultivo da energia pessoal.

- Isso de cultivar a própria energia não é egoísmo?

- Cultivar a energia tem como um dos pilares eliminar o egoísmo no sentido da autoimportância. O egoísmo drena a própria energia pois se baseia na autoimportância. Seres autoimportantes são por natureza carentes, demandam atenção, reverência, devoção, ficam ressentidos se não lhes dão o que acham que merecem. Já que falamos em "divindades" temos um exemplo de ser cheio de si no próprio deus tribal bíblico do antigo testamento, que tem como primeiro mandamento: amar a deus sobre todas as coisas. Tal mandamento na verdade é o primeiro mandamento da autoimportância, pois se assume a existência de algo superior a ser cultuado, ora isso é a ideologia de um predador.

- Devemos então renegar as ideias de religião, deus, bíblia e tudo o mais relativo a tais temas?

- Não, mas devemos estudar e compreender tais temas pois a compreensão nos permitirá perceber como funcionam as armadilhas do predador para nos manter cativos e assim podermos superá-las com elegância e inteligência. Nesse sentido o estudo é uma forma de disciplina mental. Se formos a fundo no sistema de crenças ao qual fomos condicionados podemos resgatar o nosso poder investido nesse mesmo sistema de crenças.

- Que tipo de estudo deve ser desenvolvido nessa direção? Teológico?

- O importante é que seja um estudo crítico, cético, de natureza acadêmica, com método, pois tal disciplina intelectual, usada, por exemplo, pelo nagual Carlos Castaneda e suas companheiras, ajudou-os em sua tarefa de libertar a percepção do sistema de crenças.

- O X. G. é um tipo de ateísmo?

- Tanto quanto era o ensinamento do Buda Sidarta Gautama, pois na verdade essas questões relativas ou não a existência de um deus não interessam ao X. G.

- O X. G. é uma doutrina?

- Não, uma doutrina envolve dogmas, certezas absolutas. A questão é que somos obrigados a usar palavras e a escrevê-las, elas ficam marcadas e exercem algum fascínio sobre a percepção, poderíamos simplesmente dizer, como já foi dito pelo velho nagual D. Juan Matus, de forma bastante pragmática e sóbria, que tudo que estamos aprendendo não é sobre Xamanismo Guerreiro, mas sim sobre como economizar energia para perceber algo que a percepção comum não consegue.





sábado, 20 de janeiro de 2024

A irrupção do nagual no tonal: Plutão em Aquário - 1778 e 2024


Astra inclinant, sed non cogunt. Os astros inclinam, mas não determinam.

Para ver o futuro, estude o passado, pois tudo se repete em ciclos, o que se busca é ir para oitavas mais altas, ascendendo na espiral do tempo, sem ficar preso em sua mecânica, sofrendo as consequências de uma repetição infindável.

Estamos diante do fim de um ciclo e início de outro.

Estamos diante do fim de um mundo e início de outro.

Eu disse fim de um mundo e não fim do mundo, mas será como se fosse o fim do mundo para muita gente, pois velhos paradigmas ruirão, impérios cairão, o sistema monetário será transformado e uma nova ordem mundial baseada na multipolaridade geopolítica surge.

Naturalmente a velha ordem reage e provoca guerras e conflitos pelo mundo todo. A velha ordem aqui é representada pelo Império Anglo-Americano. A nova ordem funda-se nos BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, fundadores do BRICS, que contam agora em 2024 com mais 5 países: Arábia Saudita, Etiópia, Emirados Árabes Egito e Irã.

2024 é um ano chave em termos políticos, pois teremos eleições em boa parte do mundo, 50 países irão as urnas, já em termos geopolíticos  temos o fortalecimento do BRICS e do mundo multipolar, e em termos exopolíticos temos um movimento cada vez mais intenso ocorrendo pela revelação e desacobertamento de segredos governamentais e corporativos envolvendo tecnologia alienígena como indicam audiências públicas sobre o fenômeno OVNI (UAP) ocorridas no Congresso dos EUA e do México.

Mas algo mais nos aguarda a partir de 2024 e esse algo a mais será para a maioria das pessoas surpreendente, inesperado, imprevisível, pois estamos entrando, a partir do dia 20 de janeiro, numa configuração astral que ocorreu a 246 anos atrás: a entrada de Plutão em Aquário.

Plutão é um signo lento, seu movimento em torno do Sol é de 246 anos e ele passa em cada signo uma média de + ou - 20,5 anos. Da última vez que ele esteve em Aquário o mundo foi sacudido por eventos como:

  • a queda da Bastilha; 
  • a Revolução Francesa; 
  • a Revolução Americana; 
  • a Revolução Industrial;
  • o Iluminismo; 
  • surgimento da primeira vacina: varíola.
  • o Reino do Terror na França;
  • a Inconfidência Mineira e a morte de Tiradentes;
  • a Revolução Haitiana, Haiti é o primeiro país a abolir a escravidão;
  • o rei Luís XVI é executado; 
  • início da rebelião irlandesa contra o domínio britânico;
  • a guerra Anglo-Francesa.

A palavra chave aqui é REVOLUÇÃO. Plutão em Aquário revoluciona. Se formos pesquisar a origem da palavra vamos encontrar, do latim, "revolvere", girar, virar, dar voltas, como o tambor do revólver. Assim a associação entre revolução e armas é direta, pois vem da origem da palavra. Vemos a ideia de ciclo, de giro como no arcano 10 do Tarot. Também vamos encontrar no latim a palavra "revolutio", termo usado por Copérnico para descrever o movimento dos planetas em torno do Sol em seu tratado Revolutionibus Orbium Coelestium, de 1543, outro período de Plutão em Aquário.

Revolução é transformação radical, pela raiz, em profundidade. Profundidade é justamente o habitat de Plutão, pois ele vai fundo, vai na raiz, chega ao inconsciente coletivo, abala as estruturas, por isso é considerado uma força ou um "deus" ctônico, telúrico, do submundo, das riquezas interiores, dos segredos ocultos, dos mundos intraterrenos, dos terremotos (escrito a posteriori: tivemos no dia 20 de janeiro de 2024, aqui no Brasil, o maior terremoto de nossa história, 6,6 na escala Richter, ocorrido a mais de 600 kms de profundidade. Um "olá" de Plutão).

Plutão entra em Aquário no dia 20 de janeiro¹ fazendo conjunção com o Sol. Algo das profundidades vem à tona como no arcano 20 do Tarot. Plutão fica por 20 anos em Aquário fazendo uma breve retrogradação em novembro do corrente ano para depois retornar para Aquário. A natureza surpreendente, inesperada e imprevisível de Plutão em Aquário também é bem caracterizada pelo arcano do Julgamento. O que seria algo surpreendente? Um exemplo, o contato conosco  de seres inteligentes intraterrenos como o chamado povo Formiga, conhecido por diversos povos nativos, dentre eles os Zuni, do México, e os Huni Kuin, da Amazônia brasileira. Eles fazem parte do chamado Povo Encantado, assunto abordado aqui nesse blog através de um texto do xamã Nuvem que Passa. Um contato com uma civilização alienígena vinda do interior da Terra seria algo de fato surpreendente, inusitado, inesperado, de abalar os paradigmas e toda a história conhecida. Plutão é alienígena, é estranho, está na fronteira do nosso sistema solar e toca o desconhecido cósmico. É bom ter firme em mente que o significado de alienígena não é necessariamente o que vem de fora, isso seria extraterrestre, mas sim aquilo que é culturalmente estranho, muito diferente. O que vamos presenciar é a irrupção do nagual no tonal, se formos usar a linguagem do Xamanismo Guerreiro ou do Nagualismo.

Talvez, parafraseando Aristóteles, descubramos que o homem é um animal exopolítico!

O arcano 20 do Tarot ilustra bem Plutão em Aquário, pois vemos algo emergir do submundo - Plutão - para a superfície através do chamado de uma força celeste - Urano, o céu, regente de Aquário. É o contato com outras realidades até então ocultas, escondidas, veladas. "Se contemplarmos longamente a escuridão, algo sempre aparece", diria o filósofo Arthur Schopenhauer, nascido quando Plutão entrou em Aquário (1778). Ada mais plutônico do que isso. A eventual emergência de uma civilização intraterrena seria completamente revolucionário, já que não consta da nossa história oficial.

Se é verdade que para vermos o futuro basta estudar o passado, então devemos nos perguntar que eventos passados podem representar o que hoje aponta para o futuro. Se no passado, quando Plutão entrou em Aquário, tivemos a queda da Bastilha, devemos nos perguntar o que hoje pode representar a Bastilha, o que hoje pode representar as instituições do Antigo Regime ou da Velha Ordem. O que hoje representa a Bastilha moderna e que está em xeque? 

Um palpite interessante que representa bem a velha ordem regida pelo Império Anglo-Americano é a sede das nações unidas, a ONU, pois está mais do constatado o seu anacronismo, o seu vácuo de poder e a sua incapacidade de resolver os conflitos mundiais. Ainda temos Wall Street e a Casa Branca, pois analistas geopolíticos indicam uma tensão social crescente nos EUA devido à inflação, a dívida interna de 34 trilhões, a queda do dólar como moeda internacional e aos excessivos gastos militares para sustentar a máquina de guerra do Império. O próprio complexo industrial militar do Império pode ser visto como uma nova Bastilha, já que era nela que estava a pólvora com a qual o terceiro estado pode dar início à revolução francesa. Ora, quantos segredos, quanta sujeira, quantas tramoias não há por baixo de tal complexo, responsável possivelmente pelo assassinato de muitos, inclusive de John F. Kennedy, segundo algumas versões. O fato é que as instituições do Antigo Regime ou da Velha Ordem ruirão sob os impactos da força plutônica no signo do aquadouro e muitos segredos emergirão provocando um abalo em diferentes níveis: religioso, social, político, cultural e econômico.

Teremos assim uma nova revolução industrial assentada num novo modelo energético tal como o processo de fusão nuclear ou como a energia livre de Nikola Tesla e/ou ainda a energia do ponto zero (anti-gravidade que está por trás dos OVNIs). As denuncias fundamentadas desde 2001 através do Disclosure Project do Dr. Steven Greer ou ainda as feitas pelo cientista político Dr. Michael Salla estão em vias de alcançarem repercussões cada vez maiores sobre o ocultamento, por parte de governos e corporações, de tecnologia alienígena que poderia beneficiar amplamente a humanidade por acabar com os problemas climáticos, de fome, de miséria, de saúde e outros mais. 

Mas nem tudo são flores, o que aconteceu recentemente no Equador é uma demonstração dos efeitos de Plutão em Aquário, pois tivemos o submundo da máfia das drogas colocando em xeque o estado equatoriano, indicando assim que a sombra do narcotráfico paira sobre a América Latina como um fator de desestabilização que pode ser parte de um guerra híbrida (um conceito plutônico por certo por tratar-se e uma guerra escamoteada de um Estado contra outro).

Falar em Plutão é falar em arma nuclear, não é por acaso que o material para a bomba atômica se chama plutônio, PU 94, e mais, macacos me mordam, mas outro componente importante para a fabricação de armas nucleares é o urânio, U 92, descoberto em 1789, quando Plutão estava em Aquário e adivinha por que tal elemento recebeu esse nome? Pois é, coincidência pouca é bobagem. Talvez o risco nuclear nunca esteve tão forte desde a crise dos mísseis, pois há uma potência que provavelmente tem, mas não revelou a posse domínio de bombas atômicas: o Irã, transformando o caldeirão do Oriente Médio num potencial cogumelo atômico, pois Israel também possui armas nucleares. Por outro lado, estabelece-se o chamado equilíbrio do terror, no qual o conflito nuclear é evitado, pois em tal guerra não vencedores.

Plutão entra em Aquário  fazendo conjunção com o Sol e esse processo se repetirá pelos próximos seis anos quando o Sol entrar no signo do aquadouro. Plutão e Sol, escuridão e luz. Ora, essa conjunção está expressa na origem da palavra Apocalipse, vejamos: 
Do Grego APOKALYPSIS, de APOKALYPTEIN, “desvendar, descobrir, revelar”, de APO-, “sobre”, mais KALYPTEIN, “cobrir, esconder”. Apocalipse é revelar o oculto. Plutão em conjunção com o Sol em Aquário é o rasgar do véu de Ísis, é o rasgar do véu do Templo, muitas verdades escondidas virão à tona e os sistemas de crenças em vários níveis serão colocados em xeque. Poderemos assistir um novo iluminismo, a luz da razão superando a fé cega, a magia se revela como tecnologia.

A conjunção do Sol com Plutão também pode ser vista como a manifestação de um avatar, a descida da Divindade (o Sol) na matéria densa (Plutão). Plutão guarda relações simbólicas com Shiva.

Nessa conjunção podemos ver um exemplo simbólico daquilo que Jung chamava de coincidentia oppositorum, a integração de todos os aspectos da psique, a totalidade do ser, segundo Jung, esse seria o grande problema da Psicologia e o ponto no qual a realidade divina se manifesta, permitindo que unamos em nós aspectos díspares da alma na busca da autorrealização. Surge aqui uma janela de oportunidade para os buscadores sinceros do diferentes caminhos do Ser. Nas palavras de Jung extraídas de uma entrevista dada em 1952 à Mircea Eliade:

"Para mim, como psicólogo, o estado de graça existe: é a perfeita serenidade da alma, um equilíbrio criativo, a fonte de energia espiritual. Falando sempre como psicólogo, afirmo que a presença de Deus é manifesta, na experiência profunda da psique, como uma “coincidentia oppositorum” (unidade dos opostos), e toda a história da religião, todas as teologias, dão testemunho do fato de que a “coincidentia oppositorum” é uma das mais comuns e mais arcaicas fórmulas para expressar a realidade de Deus. A experiência religiosa é numinosa, como Rudolf Otto a designa, e, para mim, como psicólogo, essa experiência difere de todas as outras de um modo que transcende as categorias ordinárias de espaço, tempo e causalidade. Recentemente, empenhei-me no estudo da sincronicidade (em poucas palavras, a "ruptura do tempo"), e estabeleci que se assemelha estreitamente às experiências “numinosas” em que espaço, tempo e causalidade são abolidas. Não aplico qualquer juízo de valor à experiência religiosa. Afirmo que um conflito interno é sempre a fonte de profundas e perigosas crises psicológicas, tão perigosas que podem destruir a integridade de um homem. Esse conflito interno manifesta-se psicologicamente nas mesmas imagens e no mesmo simbolismo testemunhados por toda e qualquer religião no mundo, e utilizados também pelos alquimistas".

"Por isso me interessei pela religião, por Javé, Satã, Cristo, pela Virgem. Entendo muito bem que um crente veja algo muito diferente nessas imagens do que eu, como psicólogo, tenho o direito de ver. A fé de um crente é uma grande força espiritual, é a garantia de sua integridade psíquica. Mas eu sou médico e estou interessado em curar os meus semelhantes. A fé e somente a fé já não tem poder, infelizmente! - para curar certas pessoas. O mundo moderno está dessacralizado; por isso está em crise. O homem moderno deve redescobrir uma fonte mais profunda de sua própria vida espiritual. Para tanto, é obrigado a lutar com o diabo, a enfrentar sua própria sombra, a integrar o diabo. Não há outra escolha. É por isso que Javé, Jó, Satã, representam situações psicologicamente exemplares; eles são como paradigmas do eterno drama humano".

O que temos aqui é a formação de uma tempestade perfeita, diversos fatores (astrológicos, geopolíticos, climáticos, econômicos, sociais e exopolíticos) atuando para a derrocada do Antigo Regime, do Velho Mundo, para o ressurgimento, tal como a Fênix Mítica, de um novo mundo, de novos valores, de novas visões, mas a luta entre o velho e o novo está sendo e será de natureza violenta na proporção da consciência dos velhos donos de poder serem capazes de aceitar a sua derrocada sem cair atirando. Algo difícil pelo que estamos vendo.





Notas

¹ Justamente hoje, 20 de janeiro de 2024, fazem 28 anos de um dos maiores casos da Ufologia brasileira e mundial: o ET de Varginha. Será que teremos um reconhecimento oficial sobre tal caso que além de envolver a queda de uma nave teve também a captura de seres alienígenas muito parecidos com os Akarts descritos no livro sobre raças alienígenas da arqueóloga Elena Danaan.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

O deus que não é deus - predadores, chitauris e falsos deuses

Aglomerado Estelar das Plêiades 

Este planeta tem sido constantemente visitado e muitas formas di­ferentes de seres humanos foram semeadas aqui através de grande variedade de experiências. Houve muitos fatores que influenciaram o curso da história na Terra. Durante milhões de anos, existiram neste planeta civilizações que vieram e se foram sem deixar vestígio. Todas estas civilizações, assim como a vossa história, foram influenciadas por inúmeros seres luminosos que vocês denominaram Deus.

Na Bíblia, muitos destes seres foram combinados passando a representar um ser, quando não eram de jeito nenhum um único ser mas uma combinação de várias energias luminosas extraterrestres muito poderosas. Eram, sem dúvida, energias majestosas vistas sob nossa perspectiva, e é fácil compreender porque foram adoradas e glorificadas.­ Não há literatura na Terra que apresente um retrato verdadeiro destes seres. Todos os deuses vieram aqui para aprender e acelerar o seu próprio desenvolvimento através do trabalho com criatividade, consciência e energia.

Alguns foram bem sucedidos e aprenderam suas lições, enquanto outros cometeram erros devastadores. Quem eram estes deuses da antiguidade? Eram seres capazes de modificar a realidade e comandar os espíritos da Natureza segundo a sua vontade. Os humanos tradicional­mente chamam de Deus seres capazes de fazer o que eles não conseguem. Estes seres passaram por antigas culturas de varias sociedades, retratados como criaturas aladas e bolas de luz. Este mundo é permeado de pistas, indícios e artefatos que indi­cam quem eram os seus deuses.

Contudo aqueles que desejavam manipular os humanos inventaram suas próprias historias criando paradigmas para os poderem controlar. Disseram-lhes que estes seres eram deuses verdadeiros e vocês foram ensinados a cultuá-los, adorá-los e obedecê-los Este paradigma está agora na eminência de sofrer uma mudança gi­gantesca. A verdade aparecerá, uma verdade que mudará completamente a maneira como vêem o mundo. Pobres da­queles que não quiserem enxergar. As reverberações do cho­que atingirão todo o mundo.

Os deuses criadores que têm governado este planeta possuem a capacidade de assumir a forma física, embora na maior parte do tempo existam em outras dimensões Eles mantêm a Terra numa determinada freqüência vibracional criando traumas emocionais para se alimentar. Existem seres que honram a vida acima de tudo, e seres que não respeitam a ­vida nem compreendem a ligação que têm com ela.

Consciência alimenta consciência. Não é fácil entenderem este conceito, porque vocês se alimentam de comida. A comida­ para alguns seres, é a consciência. Toda a comida contém consciência em algum ponto do seu próprio desenvolvimen­to, quer você a frite, cozinhe ou colha da horta; você a ingere para manter-se nutrido. As vossas emoções são alimento para outros seres. Quando vocês são controlados para gerarem de­vastação e fúria, estão criando uma frequência vibracional que sustenta a existência destes outros seres, porque é disso que eles se nutrem. Existem seres que vivem da vibração do amor, e esse grupo gostaria de restabelecer o alimento do amor neste pla­neta.

Eles gostariam de ligar este universo na frequência do amor para que ele tenha a oportunidade de sair e semear outros mundos. Vocês representam o grupo renegado da luz, concorda­ram em voltar ao planeta, e têm uma missão. Vieram para estes corpos físicos para assumirem o seu comando e mudá-los através do poder da vossa identidade espiritual. Todos selecio­naram com muito cuidado as linhagens genéticas que lhes trariam a melhor vantagem inicial. Cada um escolheu uma história genética através da qual membros da Família da Luz já passaram.

Quando os seres humanos viviam nos domínios que lhes pertenciam por direito e podiam compreender diversas reali­dades, possuíam a capacidade de serem multidimensionais, de serem iguais aos deuses. Vocês estão começando a desper­tar esta identidade dentro de si. Os deuses assaltaram esta realidade. Para que vocês acreditassem serem eles Deuses com D maiúsculo, os remode­laram geneticamente. A Família da Luz foi expulsa do planeta, e o time das sombras, que operava através da ignorância, assumiu o co­mando. Os corpos que ocupam carregam o medo e a lembran­ça da luta pelo conhecimento que estes deuses representavam e roubaram de vocês. Estas criaturas espaciais magníficas podem exercer a manipulação de várias maneiras e trabalhar com a realidade de inúmeras formas diferentes.

Os humanos, na ignorância,começaram a chamar estas criaturas espaciais de Deus, com D maiúsculo. Deus com D maiúsculo jamais visitou este planeta como uma entidade. Deus com D maiúsculo está em todas as coisas.Vocês lidaram apenas com deuses com d minúsculo que de­sejavam ser adorados, queriam confundi-los e consideravam a Terra um principado, um lugar que possuíam nas fímbrias da galáxia deste universo de livre-arbítrio. Antes da pilhagem, vocês possuíam tremendos atribu­tos. O exemplar biogenético do ser humano original recebeu informações maravilhosas, era interdimensional e podia fazer coisas incríveis.

Quando estes deuses criadores assaltaram o planeta, acharam que as espécies locais sabiam demais Elas possuíam capacidades muito semelhantes às de quem deseja­va passar por Deus.

Bárbara Marciniak - Mensageiros do Amanhecer - baixe o livro AQUI!


Conhecereis a verdade e ela vos aterrorizará.

Estamos sendo enganados faz séculos...mas onde está a novidade? No tipo de engano, que é um engano dentro do outro para que não possamos ver o quadro como um todo.

Deus que não é deus, é apenas um ente alienígena predando nossa energia??? Difícil de acreditar, né? Eu sei... Especialmente quando não o podemos ver e perceber seu modus operandis. Mas como não estou sozinho nessa empreitada vamos expô-los mesmo correndo o risco de nos expor.

Esse texto não foi feito para sua mente lógica, foi feito para a sua memória adormecida.

Mas antes uma ideia tão simples, tão óbvia e tão lógica. Não há surpresa em deus ser um alien, especialmente um falso deus, pois a própria ideia de deus implica em algo além do humano, além da Terra. E se fomos criados por ele nossa própria humanidade tem uma outra origem (uma origem bem diferente das teorias mais aceitas). Lógico. Assim a pergunta de Erik Von Danniken torna-se uma afirmação, os deuses foram e são astronautas.

Que pira, hein!? Juro de pé junto que estou sóbrio. Mas não dizem que a realidade é mais alucinante que a ficção?

Comentários e indagações ao texto de Gênesis 3.

Recomendo antes ler o post "Uma estória mal contada" e para quem não leu os outros posts sobre predadores recomendo ler antes para um melhor entendimento.

Quem é nós? Se Deus, que é único, não estava só, quem estava com ele nas mesmas condições de conhecimento do bem e do mal?

Se for dito que eram o Filho e o Espírito Santo, não há nada no texto que ateste isso. No texto apenas a Serpente, detinha também esse conhecimento do bem e do mal. Portanto a Serpente era como deus, sabedora do bem e do mal.

No original em hebraico Deus é Elohim, uma palavra no plural, que significa Deuses. Deus é Elohá.

Ao comerem do fruto da árvore do conhecimento o casal original não morreu tal como "Deus" disse. Por conseqüência "Deus" mentiu e a serpente disse a verdade.

Apenas a árvore do conhecimento era proibida, a árvore da vida não. Assim deduz-se que ao terem acesso a esta árvore o casal original era imortal. Assim o texto é paradoxal, pois foram expulsos do Éden para que não tivessem acesso a algo que já tinham. Aliás o texto é paradoxal porque "Deus" mente, "Deus" não é Deus, na verdade, são Deuses, e expulsa o homem de ter acesso a eternidade para que ele não se equiparasse a eles próprios. Os deuses não queriam que o homem se tornasse como eles, por isso foi expulso.

Que Deuses são esses? Seriam Deuses? Ou seriam outra coisa? Que tipo de ser passeia pelo jardim do Éden ao fim da tarde sem saber o que se passa, pergunta “onde estás” e diz-se Deus?

O casal primordial tinha acesso aos frutos da árvore da vida, então, era de se supor imortal, mas imortalidade esta dependente do consumo de tal fruto. Não seria por isso a proibição e a expulsão do Éden, esse clube dos deuses? A morte para o casal primordial veio pela falta de acesso a árvore da vida e não por ter comido da árvore do conhecimento.

Não ilustra bem a proibição de acesso a árvore do conhecimento o desejo de manter uma exclusividade pelo poder por parte de seres que se intitulam deuses?

Não é esta história um conto botânico, enteógeno? Parece que descobrimos a raiz do proibicionismo contra certas plantas naturais...risos.

Está escrito talvez por causa desse clube dos deuses o seguinte - Mateus 11;12:

E desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado a força, e os violentos o tomam de assalto.

Na verdade, esta história da queda é a história de um falso deus, de falsos deuses, esses seres são os predadores de consciência revelados atualmente por Carlos Castaneda.


O deus do Gênesis, primeiro livro da Bíblia, não é Deus.

A maior referência mítica, religiosa e cultural sobre os predadores ou sombras de lama, como escreve o nagual, é a estória da queda, contida em Gênesis 3.

Não entraremos na questão de Deus em si, mas queremos mostrar esse deus que está na origem da bíblia, pois ele é não é Deus, é um ente que se arroga como tal. Não se comporta como tal, não é onisciente, mente e é egoísta, quer o conhecimento apenas para si, apenas para os seus, bem como a imortalidade.

Esse deus que não é Deus, mas é tido por tal, é o predador revelado por Carlos Castaneda.

A Serpente edênica por outro lado é nossa aliada, amiga da humanidade, nos revela o conhecimento e desmascara o pretenso deus. A Serpente é um símbolo sagrado em diferentes tradições, inclusive na tolteca, lá ela é Quetzalcoatl, a serpente de plumas, a serpente emplumada. No Juremal a serpente é uma constante, usando a árvore como proteção e tornando-se miticamente sua guardiã.

O próprio nagual fez extensas pesquisas sobre o tema não encontrando nenhuma referência sobre os voadores em outras culturas mas o tema do voador ou do predador está na essência de uma das primeiras estórias bíblicas, bíblia que é a matriz cultural de nossa civilização, civilização de predadores, bíblia de voadores. E, por sua vez, a história da queda é matriz cultural que dá forma ao padrão de comportamento básico de nossa civilização, o padrão do pecador.

A referência fundamental está e estava ali disponível para o nagual e para qualquer um, é a história da queda do homem contida na bíblia.

A Serpente representa a consciência da Terra, é a consciência do mundo natural, feminina e ecológica, representa o eterno poder do feminino, e como somos filhos da Terra, essa consciência também se expressa em nossos corpos, em nosso corpo ela é a serpente Kundalini dos iogues. O objetivo da consciência da Terra é nos conectar com ela para que nos libertemos da mente do predador. O uso sábio e sóbrio de plantas de poder é uma forma de nos conectarmos a essa consciência e promover o despertar da serpente Kundalini. Muitos caminhantes do Xamanismo de plantas de poder não ignoram a capacidade de estimular a Serpente Kundalini de plantas de poder como a Ayahuasca. Algo que exige do praticante grande equilíbrio ao lidar com esta Força. Não é à toa que a serpente é o clássico símbolo da medicina, pois Ela é a medicina contra o parasita que é o predador. Ao nos conectarmos com a consciência da Terra adquirimos a harmonia e a paz interior que implica na cura da mente doentia do predador.

O cultivo do brilho da consciência em conjunção com o uso sóbrio e sábio de plantas de poder é outro fator para o despertar e o desenvolvimento da Kundalini.

Sobriedade é um caminho perigoso, pois não é um insosso caminho que foge da luta, mas é um equilíbrio delicado e dinâmico entre os opostos. Falsa sobriedade é uma abstenção, na maioria das vezes covarde, sem a graça e a plenitude da vida. Verdadeira sobriedade é trilhar o caminho entre os extremos, incólume, humildemente, sabendo que a morte está a um braço de distância.

Nem todos precisam do auxílio de plantas de poder.

O uso de plantas de poder é uma forma de nos conectarmos com a consciência da Terra. Alguns, em especial as mulheres, já possuem essa conexão por si. O uso de plantas de poder não pode ser indiscriminado. Deve estar em harmonia com a energia e a configuração de cada um. Cada um tem uma planta que lhe é favorável, tornando-se assim um aliado.

Já o cultivo do brilho da consciência é fundamental.

Este brilho é a fonte de alimento dos predadores.

Também é a fonte de alimento de nossa alma, de nosso corpo de energia.

“Consciência alimenta consciência”.

Através de nossas emoções alimentamos outros seres.

Os predadores criam traumas emocionais que sustentam um determinado padrão de energia que permite a sua subsistência. Precisamos cortar-lhes a comida. Precisamos deixar de sentir medo.

Por aí dá para perceber porque as religiões teístas e patriarcais perseguiram e perseguem o feminino até hoje. A mulher não está tão sujeita ao predador como o homem, então teve que ser sujeitada pela força. A caixa de percepção que é o útero feminino teve que ser domado pela força, pelo preconceito, pela repressão, pelo rebaixamento da mulher e pela proibição dela como sacerdotisa. Não há mulheres ocupando posições de destaque no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo, as 3 grandes religiões do mundo.

Por aí dá para perceber porque fomos afastados do mundo natural, da natureza e fomos trancafiados em grandes cidades, em enormes humaneiros, onde homens não são mais seres humanos, não são mais mamíferos em harmonia com o meio, são parasitas que se reproduzem destruindo tudo a sua volta. Tal comportamento é reflexo da mente alienígena do predador.

A humanidade atual foi feita à imagem e semelhança do predador.

Por aí podemos perceber porque a agenda de destruição do planeta em ação há séculos. Afinal de contas porque humanos conspirariam contra humanos e contra si mesmos? A essência da dominação consiste em dividir os dominados para assenhorar-se deles. Notem quem em torno da Bíblia existem 3 grandes religiões patriarcais e teístas, que lutam entre si pelo rebanho e que estão divididas em milhares de seitas, facções e igrejas, e que no suposto lugar do túmulo de Cristo existem dois túmulos (relativos a diferentes seitas) e vários altares.

Para a mente é difícil acreditar nisso, mas é porque esta mente não é nossa de fato, por isso não temos nenhum controle sobre ela. Já tentou ficar 2 minutos sem pensar?

No sonhar eles, os predadores, têm a capacidade de se metamorfosear. Mas não apenas no sonhar. Parece haver diferentes tipos conforme o tipo de energia com que se alimentam. São um grande pé no saco dos sonhadores conscientes que dão os primeiros passos para fora da cerca. Não tem um pingo de dó de nós, nos sugam impiedosamente num verdadeiro estupro energético. Uma visão nada agradável. Mas nem por isso assustadora. São seres naturais, pertencem a Natureza, num outro nível de realidade, mas bem próxima a nossa realidade. Quando aumentamos nossa energia eles vêm que vem em cima, numa ansiedade louca por comida, nós. São inteligentes, organizados e nos atingem em nosso ponto fraco, intensificando nosso diálogo interno nas questões que nos preocupam ou que nos fazem vibrar dentro de uma emoção negativa. Parece haver uma predileção, por exemplo, pelos fanáticos religiosos. Lógico.

Como disse o nagual nossas armas são disciplina e silêncio interior.

Diferentes tradições nativas os reconhecem, reconhecem a existência dos predadores.

Há uma tribo africana, os Zulus, onde os deuses são vistos como inimigos do homem.

Esses deuses, que são em verdade os predadores, são chamados de chitauri, que significa os ditadores que nos transmitem a lei. O vídeo abaixo é parte de uma longa entrevista com um xamã africano chamado Credo Mutwa e fala an passant nesse assunto dos chitauri.



Uma tribo australiana, os Coorie, os chama de Byamie.

Temos isso também na mitologia grega, especialmente no mito de Prometeu, onde os deuses se opõem a entrega do fogo ao homem. Deuses, hein!?

Blasfemo, blasfemo, blasfemo! Parece que ouço o coro de sombras a berrar...

David Icke, pesquisador inglês, os chama de Reptilianos. Para ele nem todos são predadores.

Bárbara Marciniak, de Mensageiros do Amanhecer, os chama de Lizzie (Reptilianos) e também diz que nem todos são predadores.

Afinal, a serpente mítica da queda não quis nos ajudar?

Aqui está o fruto proibido do conhecimento.



domingo, 14 de janeiro de 2024

Disciplina - parte 5 - Passes Mágicos



Os passes mágicos são um sistema de movimentos desenhados para alcançarmos silêncio interior e, portanto, uma manobra prática e efetiva contra a mente do predador. Foram descobertos por xamãs do México antigo em estados xamanísticos de consciência intensificada e foram organizados por Carlos Castaneda e seu grupo. 

São capazes de produzir um nível de energia e de habilidade incomuns no corpo do praticante, pois redistribuem e recanalizam a energia que perdemos com as preocupações e ansiedades cotidianas de volta para os nossos centros vitais. 

Esses xamãs tinham e tem um profundo foco na saúde e no bem-estar em níveis de excelência, e esses passes estão impregnados desse intento, por isso são chamados de mágicos, pois transformam nosso corpo de forma mágica.

***

O que é Tensegridade?

Tensegridade é a versão modernizada de alguns movimentos conhecidos como passes mágicos desenvolvidos por índios xamãs que moraram no México em épocas anteriores à Conquista Espanhola.


Épocas anteriores à Conquista Espanhola é um termo usado por Dom Juan, um índio mexicano xamã que apresentou Carlos Castaneda, Carol Tiggs, Florinda Donner-Grau e Taisha Abelar ao mundo cognitivo dos xamãs que viveram no México nos tempos antigos que, segundo Dom Juan, foram de 7000 a 10.000 anos atrás.


Dom Juan explicou a seus estudantes que aqueles xamãs descobriram que, através de práticas que ele mesmo não podia penetrar, é possível para os seres humanos perceber a energia diretamente como ela flui no universo. Em outras palavras, segundo Dom Juan, aqueles xamãs diziam que qualquer um de nos pode se livrar por um momento do nosso sistema de transformar o influxo de energia em informação sensorial própria ao tipo de organismo que somos. Os xamãs afirmam que, transformar o influxo de energia em informação sensorial cria um sistema de interpretação que transforma o fluxo de energia do universo no mundo da vida cotidiana que conhecemos.

Dom Juan explicou ainda que uma vez que os xamãs dos tempos antigos estabeleceram a validade da percepção direta de energia, que chamaram visão, eles a refinaram usando-a neles mesmos, isso quer dizer que eles percebiam uns aos outros, sempre que queriam, como um conglomerado de campos energéticos. Para aquele que “viam”, os seres humanos percebidos de tal modo eram como esferas luminosas gigantes. O tamanho de tais esferas luminosas é o comprimento dos braços abertos.

Quando os seres humanos são percebidos como conglomerados de campos energéticos, um ponto de luminosidade intensa pode ser percebido nas costas, na altura da clavícula a uma distância de um braço. Antigamente, as pessoas que vêem, que descobriram esse ponto de luminosidade, o chamavam de ponto de aglutinação, porque eles concluíram que é aí que a percepção se aglutina. Eles perceberam, auxiliados pela sua visão, que naquele ponto de luminosidade, o local que é homogêneo para a humanidade, convergem zilhões de campos energéticos na forma de filamentos luminosos que constituem o universo. Ao se convergirem para lá, eles se tornam informações sensoriais, que são utilizadas pelos seres humanos como organismos. Esta utilização da energia convertida em informação sensorial foi considerada pelos xamãs como um ato de magia pura...energia transformada pelo ponto de aglutinação em um mundo verdadeiro, global no qual os seres humanos como organismos podem viver e morrer. O ato de transformar o influxo de pura energia num mundo perceptível era atribuído pelos xamãs a um sistema de interpretação. Sua conclusão arrasadora, arrasadora para eles, é claro, e talvez para alguns de nós que temos a energia para ter atenção, era que o ponto de aglutinação não era unicamente o local onde a percepção é aglutinada pela transformação do influxo de energia pura em informação sensorial, mas é também o local onde ocorre a interpretação da informação sensorial.

A observação seguinte deles foi que esse ponto de aglutinação é deslocado de modo muito natural e não obstrutivo da sua posição habitual durante o sono. Eles descobriram que quanto maior a deslocação, mais estranhos os sonhos que acompanhavam. Destas experiências de ver, esses xamãs pularam para a ação pragmática de deslocar voluntariamente o ponto de aglutinação. Eles chamaram esses resultados concludentes a arte de sonhar.

Essa arte foi definida por aqueles xamãs como a utilização pragmática de sonhos comuns para criar uma entrada para outros mundos pelo ato de deslocar o ponto de aglutinação pela própria vontade e manter essa nova posição, também pela própria vontade. As observações desses xamãs ao praticar a arte de sonhar eram uma mistura de razão e de ver diretamente a energia do universo enquanto flui. Eles perceberam que na sua posição habitual, o ponto de aglutinação é o local para onde converge uma porção específica e minúscula dos filamentos de energia que formam o universo, mas se o ponto de aglutinação muda de local, dentro do ovo luminoso, uma porção minúscula diferente de campos energéticos se convergem nele, tendo como resultado um novo influxo de informação sensorial.: campos energéticos diferentes dos comuns se tornam informações sensoriais, e os campos energéticos diferentes são interpretados como um mundo diferente.

A arte de sonhar se tornou para aqueles xamãs a prática mais absorvente. Durante aquela prática, eles experimentaram estados não igualados de força física e bem-estar, e no seu esforço de duplicar esses estados nas horas de vigília descobriram que podiam repeti-los seguindo certos movimentos do corpo. Os esforços culminaram com a descoberta e desenvolvimento de grande número de tais movimentos, que são chamados de passes mágicos.

Os Passes Mágicos daqueles xamãs do antigo México se tornaram sua possessão mais preciosa. Eles os rodearam com rituais e mistérios e somente os ensinaram as pessoas que eles iniciavam em meio a um enorme segredo. Esta foi a maneira na qual Dom Juan Matus os ensinou a seus discípulos. Seus discípulos, sendo o último elo de sua linhagem chegaram a conclusão unânime de que qualquer outro segredo, sobre os passes mágicos seria contra o interesse que tinham em tornar o mundo de Dom Juan disponível aos outros homens. Eles decidiram, portanto, resgatar os passes mágicos de seu estado obscuro. Eles criaram desse modo a Tensegridade, que é um termo na arquitetura que significa a propriedade das estruturas esqueléticas que empregam elementos de tensão contínua e elementos de compressão descontínua de tal forma que cada elemento opera com o máximo de eficiência e economia. Este é o nome mais apropriado porque é uma mistura de dois termos: tensão e integridade, termos que conotam as duas forças motrizes dos passes mágicos.

Extraído de Readers of Infinity, de Carlos Castaneda, Número 1, Volume 1, 1996. Publicado por Cleargreen, Incorporated, (c) Copyright 1996, Laugan Productions, Incorporated. Todos os direitos reservados.

sábado, 13 de janeiro de 2024

Disciplina - parte 4




"Os feiticeiros espreitam a si mesmos constantemente - comentou com uma voz reconfortadora, como se tentando acalmar-me com o tom de sua voz.

Desejei dizer que meu nervosismo tinha passado e que provavelmente havia sido causado pela falta de sono, mas ele não me permitiu dizer coisa alguma.

Assegurou-me de que já havia me ensinado tudo o que tinha para saber sobre espreitar, mas eu ainda não recuperara meu reconhecimento da profundeza da consciência intensificada, onde o tinha armazenado. Disse-lhe que seria a desagradável sensação de estar arrolhado. Parecia haver algo trancado em mim, algo que me fazia bater portas e chutar mesas, algo que me frustrava e me tornava irascível .

- Essa sensação de estar arrolhado é experimentada por todo o ser humano. É um lembrete da existência de nossa conexão com o intento. Para os feiticeiros essa sensação é ainda mais aguda, precisamente porque seu objetivo é sensibilizar seu elo de conexão até que possam fazê-lo funcionar à vontade.

Quando a pressão do seu elo de conexão é grande demais, os feiticeiros aliviam-na espreitando a si mesmos.

- Ainda acho que não compreendo o que quer dizer por espreitar - falei. - Mas em certo nível penso que sei exatamente o que quer dizer.

- Tentarei ajudar você a esclarecer o que sabe, então. Espreitar é um procedimento, um procedimento muito simples. Espreita é um comportamento especial que segue certos princípios. É um comportamento secreto, furtivo, enganoso, designado a provocar um choque. E quando você espreita a si mesmo, você choca a si mesmo, usando seu próprio comportamento de um modo implacável, astucioso.

Explicou que quando a consciência de um feiticeiro ficava enredada pelo peso de suas aquisições perceptivas, o que estava acontecendo comigo, o melhor, ou talvez nosso único remédio, era usar a ideia da morte para proporcionar esse choque de espreita.

- A ideia da morte é de importância fundamental na vida de um feiticeiro - continuou D. Juan. - Mostrei-lhe coisas inumeráveis a respeito da morte para convencê-lo de que o conhecimento de nosso fim pendente e inevitável é o que nos dá sobriedade. Nosso engano mais caro como homens comuns é não se importar com o senso de imortalidade. É como se acreditássemos que, se não pensássemos a respeito da morte, nos pudéssemos proteger dela.

- Precisa concordar D. Juan que não pensar sobre a morte protege-nos de nos preocuparmos a respeito.

- Sim, isto serve a tal propósito, mas tal propósito não tem valor para homens comuns e representa uma caricatura para os feiticeiros. Sem uma visão clara da morte, não há ordem, nem sobriedade, nem beleza. Os feiticeiros lutam para ganhar essa percepção crucial de modo a ajudá-los a perceber no nível mais profundo possível que não tem segurança sequer de que suas vidas continuarão além do momento. Essa percepção dá aos feiticeiros a coragem de serem pacientes e no entanto entrarem em ação, coragem de aquiescer sem serem estúpidos. Don Juan fixou seu olhar em mim, sorriu e balançou a cabeça.

- Sim - continuou -, a ideia da morte é a única coisa que pode dar coragem aos feiticeiros. Estranho, não é? Dá aos feiticeiros coragem de serem atenciosos sem serem vaidosos, e acima de tudo dá-lhes coragem de serem implacáveis sem serem convencidos.

Sorriu outra vez e cutucou-me. Disse-lhe que estava absolutamente aterrorizado pela ideia de minha morte, que pensava a respeito com frequência, mas que certamente isso não me dava a coragem ou me incentivava a entrar em ação. Apenas me tornava cínico ou fazia com que eu caísse em estado de profunda melancolia.

- Seu problema é muito simples - disse ele. - Você fica facilmente obcecado.

Estive lhe dizendo que os feiticeiros espreitam a si mesmos para quebrar o poder de suas objeções. Há muitas maneiras de espreitar a si mesmo. Se não deseja usar a idéia de sua morte, use os poemas que lê para mim para espreitar a si mesmo.

- Como disse ?

- Disse-lhe que há muitas razões pelas quais gosto de poema - retrucou ele. - O que eu faço é espreitar a mim mesmo com ele. Provoco um choque em mim mesmo com eles.

Escuto, e enquanto você lê, calo meu diálogo interno e deixo meu silêncio interior ganhar impulso. Então a combinação do poema e do silêncio desfecha o choque.

Explicou que os poetas anseiam inconscientemente pelo mundo dos feiticeiros. Por não serem feiticeiros no caminho do conhecimento, os anseios são tudo o que tem.

(...)

...este incessante morrer obstinado,

esta morte vivente,

que te retalha, oh Deus,

em tua rigorosa obra

nas rosas, nas pedras,

nos astros indomáveis e na carne que se queima,

como uma fogueira acesa por uma música,

um sonho,

um matiz que atinge o olho.

...e tu, tu próprio, talvez tenha morrido eternidades de eras aí fora,

sem que saibamos a respeito, nos refúgios , migalhas , cinzas de ti;

tu que ainda estás presente,

como um astro imitado por sua própria luz,

uma luz vazia sem astros

que nos alcança,

escondendo sua infinita catástrofe.

" Quando ouço as palavras - manifestou-se D. Juan quando terminei de ler -, sinto que aquele homem está vendo a essência das coisas e posso ver com ele. Não me importo sobre o que seja o poema. Importo-me apenas sobre o sentimento que os anseios do poeta (filósofo) trazem até mim. Empresto seus anseios, e com eles empresto a beleza. E me maravilho diante do fato de que ele, como um verdadeiro guerreiro, derrame-o sobre os receptores, os espectadores, retendo para si mesmo apenas sua ansiedade. Esse impuxo, esse choque de beleza, é espreitar."


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A arte de espreitar é aprender todas as peculiaridades de teu disfarce, e aprende-las tão bem que ninguém saiba que estás disfarçado. Para consegui-lo, necessitas ser desapiedado, astuto, paciente e gentil . Ser implacável não significa aspereza, a astúcia não significa crueldade, ser paciente não significa negligência e ser gentil não significa ser estúpido. Os guerreiros atuam com um propósito ulterior, que não tem nada a ver com o interesse pessoal. O homem comum atua apenas se há possibilida de de ganância. Os guerreiros não atuam por ganância e sim pelo espírito.

Citações extraídas do livro O Poder do Silêncio, de Carlos Castaneda.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

O Apocalipse que interessa à Matrix

Cena do filme Duna - teste do medo: gom jabbar (o inimigo arrogante).



Colocar as pessoas num estado de desorientação, bombardeando-as com informações das mais diversas procedências, sem que elas estejam amparadas numa fonte fidedigna e em elementos comprováveis, submetendo-as a uma verdadeira guerra midiática, provoca a condição tão buscada pelo sistema: medo.

Como cegos perdidos num tiroteio, neste caso, tendemos a nos alinhar com o pai simbólico, a autoridade, o estado, o status quo, a igreja, a ideologia dominante por mais que saibamos que são lobos travestidos de ovelhas, pois nosso psiquismo, nosso emocional foi atacado, bombardeado e conquistado pela emoção que eles querem implantar: medo.

Eis o primeiro inimigo do homem de conhecimento, segundo o Xamanismo Guerreiro.

O estado de paranoia, medo, desorientação, angústia favorece ao sistema estabelecido, que busca através disto refundar-se e criar a malfadada nova ordem mundial.

Se é verdade que a consciência tem o poder de criar a realidade, que tipo de realidade cria o estado de medo, sofrimento psíquico, paranoia, angústia?

“O que temes sucede mais depressa do que esperas.” (Publílio Siro)

Cria a doutrina da segurança nacional, base para qualquer ditadura.

E não é verdade que aquele que teme o sofrimento já não sofre por aquilo que teme?

Então qual é a razão de temer?

É a razão dos captores, dos senhores do mundo, para manter-te aferrado, preso, aguilhoado a um estado de consciência que sustenta a realidade imposta.

“Escravo do medo: eis a pior forma de escravidão.” (G. B. Shaw)

Então se buscamos uma nova realidade temos que começar primeiro por estabelecer um estado de consciência sóbrio, equilibrado, focado e construtivo.

Todo aquele que fomenta o medo, a negatividade, a paranoia, o apocalipse no sentido pejorativo ou destrutivo é um agente em potencial da Matrix. Ver a maneira como o sistema age é ir além da Matrix e vencer os seus agentes.

Apocalipse significa isto: revelação. O medo impede que você revele a si mesmo e veja a divindade em si, com todo o seu poder de criar a realidade. A revelação é externa e interna, fora e dentro de si. O medo impede a revelação.

Quem alimenta o medo alimenta a Matrix com sua própria consciência. Despertar é ir além do medo, é encarar a realidade sem medo.

Não devo temer.
O medo é o assassino do Real,
é a pequena-morte que oblitera o Ser.
Eu enfrentarei o meu medo.
Permitirei que ele passe através de mim e quando se for,
eu olharei, com a minha visão interna, o seu rastro.
No espaço vazio que ele deixou, nada existe afinal...
Só eu permaneço!
(Frank Hebert, Duna)




quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Disciplina - 2ª parte: Carlos Castaneda e Xamanismo

Está você a ponto de entrar em uma área do conhecimento humano que apresenta uma concepção do homem e do universo completamente diferente da que tradicionalmente você conhece e aceita.

A origem desses conhecimentos atribui-se aos Toltecas, um povo indígena que habitou a parte central do México em tempos muito remotos.

***Salvo engano, Dom Juan dá um sentido diferente ao termo Tolteca, um sentido bruxo e não antropológico, referindo-se ao mesmo como significando o "homem de conhecimento".

Esse povo indígena existiu talvez a centenas ou milhares de anos antes da chegada dos espanhóis à América.

Seu conhecimento era passado de geração à geração, entre pequenos grupos, formados por pessoas que devido a sua disciplina eram conhecidos como guerreiros.

Que por sua vez eram guiados neste conhecimento por um líder denominado de o Nagual.

Foi um indígena yaqui chamado Dom Juan Matus, que morava distintamente em Sonora, Oaxaca e Tula, quem revelou este conhecimento a um antropólogo chamado Carlos Castaneda.

Dom Juan era o líder, o nagual de sua geração de guerreiros.

Carlos Castaneda era o cientista social que a partir de seu conhecimento acadêmico, completamente ocidentalizado, acreditava inicialmente estar tratando com um indígena inculto e cheio de superstições.

Até que através da experiência direta dos conceitos toltecas compreende que tal conhecimento é tão real que decide revelá-lo.

Carlos Castaneda durante seu aprendizado com Dom Juan teve que passar por várias etapas que iam desde a negação completa de tais possibilidades até o pleno convencimento de que tais possibilidades eram fatos reais e verdadeiros.

Existem duas formas pelas quais Carlos Castaneda nos faz partícipes de seus descobrimentos. Através dos doze livros escritos ao longo de trinta anos e por meio de uma série de seminários onde são ensinados uma série de movimentos chamados de Tensegridade ou Passes Mágicos.

Nos primeiros seminários Carlos Castaneda denominou esta MUDANÇA que ele deu ao conhecimento tolteca como uma NOVA TRILHA.

Nessa NOVA TRILHA não tem nada a ver com a experimentação de plantas de poder. Os praticantes atuais devem adotar novos procedimentos, diferentes daqueles adotados em seus primeiros livros.

Este conhecimento poderia ser enquadrado como misterioso.

Alguns o chamariam de Xamanismo, outros de Bruxaria, porém talvez o conceito que nos poderia dar uma compreensão do mesmo, seria considerá-lo como o conhecimento das peculiaridades de nossa ATENÇÃO.

Nós não aproveitamos todo o potencial contido em nossa ATENÇÃO. O que chegamos a descobrir no fundo deste conhecimento é que nossa ATENÇÃO, pode abarcar mais do que imaginamos.

Existem muitos conceitos neste conhecimento. Podemos citar alguns como o diálogo interno enfocado na auto-reflexão do eu, o silêncio interno para combater essa reflexão, Espreita, "Sonho", outras realidades perceptivas, etc...

Porém o elemento comum que encontramos em todos os conceitos é o conceito de ATENÇÃO.

Nossa ATENÇÃO se mingua ou se enfraquece quando o processo mental que conhecemos como pensamentos, só a enfoca em determinados elementos de nossa forma de vida atual (a satisfação de nossos desejos e a contínua exaltação do ego).

Outro dos elementos que influem de maneira decisiva em nossa atual forma de perceber é que nossa ATENÇÃO requer mais ENERGIA para poder perceber outras realidades que existem e que são possíveis para o ser humano.

Talvez outra forma de descrever este conhecimento é que o conhecimento tolteca é a DISCIPLINA DA ATENÇÃO e seus praticantes são os guerreiros da ATENÇÃO.

Um ser humano com baixo nível de ATENÇÃO só pode estar enfocado na auto-reflexão, enquanto outro com maior nível de ATENÇÃO, pode enfocar esta em outras particularidades de sua existência.

O despertar das potencialidades de nossa ATENÇÃO pode nos assustar e não ser nada agradável para muitos.

Estamos educados em todo um conjunto de valores pré-estabelecidos e é normal que o desconhecido nos gere medo.

Podemos dizer que esse conhecimento permite DUAS alternativas aos que o sigam.

Primeiro: aquelas pessoas que sigam as premissas do "caminho do guerreiro", todo um conjunto de normas de conduta e pratiquem Tensegridade, podendo assim redistribuir e guardar energia, que lhes permitirá viver uma vida mais plena, mais produtiva, com mais paz interna. O seguir o caminho do guerreiro não implica em ter nenhum tipo de percepção desconhecida, pois por si mesmas não são suficientes.

Segundo: Para aqueles que se decidiram a ir mais além e explorar as peculiaridades de nossa ATENÇÃO e que, portanto, tem que encarar essa disciplina como uma forma de vida, onde é necessário empregar muitos esforços, como seguir "o caminho do guerreiro", realizar a recapitulação, executar os passes mágicos, guardar a energia sexual, guardar a energia que se gasta em nossas reações emocionais compulsivas, intentar permanentemente o silêncio interno e estar decididos a enfrentar o desconhecido.

Essa segunda alternativa requer disciplina total, uma tenacidade de aço, uma paciência sem fim e como Don Juan diria, "temple de acero". E mesmo que sigamos todos esses pré-requisitos não há garantia de que logremos algum tipo de percepção diferente das usuais. Talvez o ponto final para poder lograr a percepção de outras realidades é a IMPECABILIDADE que tem que ser uma indispensável norma de conduta nesse caminho.

Por último, esse caminho promove o bem-estar físico e mental. Se depois de conhecer um pouco ou muito deste conhecimento alguém sente que não deveria segui-lo, então que não o faça. O que menos necessita qualquer pessoa é uma obsessão que lhe produza problemas ou dano mental.

Texto originalmente em espanhol extraído de um site na internet de autor desconhecido.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Premissas do Caminho do Guerreiro.



Conferência de Taisha Abelar (Janeiro de 1994)

A conferência desta noite é sobre "parar". 

Para "parar" necessitamos fazer apenas uma coisa: decidir ser um guerreiro ou não.

O ponto de aglutinação flutua naturalmente ao dormir. Também se move sob a influência de drogas, meditação profunda, fome, privação sensorial.

O ponto de aglutinação situa-se atrás de vocês, na altura das omoplatas.

Os feiticeiros usam a disciplina para mover seus pontos de aglutinação.

Qualquer um de nós pode ver a energia, inclusive agora, porém podemos não estar imediatamente conscientes disso. As crianças pequenas, por outro lado, percebem energia diretamente. De todas as formas quando são maiores, os "acomodadores" (adultos) os introduzem no mundo da realidade ordinária. Em lugar de ver energia sem forma, uma criança um dia perceberá a configuração energética na forma de uma mesa, um cão, uma árvore, etc.

Assim a percepção pura da criança é moldada pelos "acomodadores"(adultos).

Primeiro e antes de mais nada vivemos num mundo de energia. Apenas secundariamente vivemos em um mundo de objetos. A posição do ponto de aglutinação determina a realidade que perceberemos.

Os bruxos (presumivelmente de forma diferente dos artistas da fome ou da privação sensorial - faquires) buscam fixar o ponto de aglutinação em uma nova posição (e não apenas movê-lo) para aglutinar energia outra vez em uma nova série de "objetos" e , portanto, em uma nova realidade.

Este mundo não é tão importante como pensamos que é. Nossa linguagem é parcial; chamamos de realidade quando é apenas uma das tantas posições do ponto de aglutinação. Para a nossa conveniência vamos nos referir a ela como realidade ordinária.

Geralmente, assim que os acomodadores façam seu trabalho de ajudar-nos a perceber as variadas configurações de energia como objetos, o ponto de aglutinação fica fixo e não move-se mais depois. Estamos obrigados a ficar identificados com o mundo da vida diária até a nossa morte.

E quanto a morte, do ponto de vista dos bruxos, não é o rápido processo que parece ser. O brilho do ponto de aglutinação diminui rapidamente, porém todas as fibras energéticas que compõe o ovo energético do ser humano podem levar um bom tempo para dispersar-se. O processo também pode ser demorado, por exemplo, se alguém é enterrado em um ataúde de chumbo logo após morrer.

A alternativa a estar preso por toda a vida em uma posição do ponto de aglutinação é move-lo mediante a prática da disciplina e logo fixá-lo em uma nova posição enquanto estamos conscientes.

Um fundamento firme no caminho do guerreiro é o que se requer para a difícil tarefa de "parar" e "sonhar".

Disciplina não é a mesma coisa que a praticada por mulheres católicas em um convento. Nem a mesma coisa que a que é usada como prática pelas monjas. Não é levantar-se cedo para fazer aeróbica antes de ir para o trabalho ou comer prudentemente. Isso são apenas rotinas, hábitos, não a disciplina do guerreiro.

Desde o ponto de vista de um guerreiro, espreitador ou sonhador, a disciplina é algo abstrato. É estar vinculado inquebrantavelmente a um propósito. Assim que a atual implementação da disciplina é muito flexível e fluida. Requer coragem de aço. Não há lugar para dúvidas e vacilação, os quais de outro lado nos colocam atrás, no mundo de todos os dias, de justificativas e autopiedade.

A disciplina conduz a harmonia, ao bem-estar e ao equilíbrio. A vida diária, por outro lado, é feita de negligência e indulgência.

Um propósito inquebrantável e inflexível é o que se requer para a disciplina em nossa busca pela liberdade.

Na conferência recente da livraria Fênix alguns de vocês estiveram ali - Carlos Castaneda deu uma palestra sobre o caminho do guerreiro.

Não podem aprender a ser guerreiros!

É apenas uma decisão que tem que tomar um dia vocês mesmos e por conta própria. Pedir a alguém que lhes ensine como ser um guerreiro é uma abordagem errônea . É a abordagem de "eu sou um pobre coitado".

Carlos Castaneda disse que primeiro e antes de mais nada, o evento transformante na vida de um guerreiro, a base para chegar a ser um guerreiro, é aceitar a responsabilidade da própria morte. Esta é a linha de partida. Não assumam que são imortais.

Encarem o infinito e a morte no espelho através da noite!

Apenas fazendo isto, tomando a morte como uma conselheira desta maneira, muitas coisas cairão por terra, muitas coisas desaparecerão em vocês.

Assumam a responsabilidade de sua percepção do mundo. Não apenas a simples percepção na qual nasceram . Em lugar de intentar o movimento de seus pontos de aglutinação a outras áreas do ovo luminoso, se ajustam o seu próprio cinto(!), se cortam o supérfluo em suas vidas, o ponto de aglutinação se deslocará por conta própria sem ajuda de rotinas ou exercícios por parte de vocês. A lâmpada da consciência, brilhará forte quando cortarmos o excesso de bagagem que carregamos (preocupações, autopiedade, etc), brilhará sobre todas as outras possíveis posições do ponto de aglutinação.

A segunda regra para ser um guerreiro é pagar suas dívidas. Um guerreiro é muito generoso. Ele ou ela não olha o mundo em termos do que as outras pessoas lhe devem. O guerreiro olha o mundo em termos de oportunidades para saldar suas dívidas com outras pessoas e assim não estar completamente atado para sempre.

Isto de pagar as dívidas conduz a um afeto imparcial por todas as coisas. Muito do que consideramos afeto é comércio de favores com outras pessoas. O guerreiro, por outro lado, dá afeto sem esperança de devolução. Não que o guerreiro esteja tratando de eliminar o afeto ou ser uma pessoa insensível. O afeto do guerreiro é tão imparcial que se libera das relações de todos os dias. O afeto do guerreiro é tão imparcial que se o guerreiro vai a outra realidade completamente diferente desta, seu afeto estende-se à todos os outros novos seres que existam nessa realidade.

Se alguém realmente nos feriu, isto também necessita ser devolvido. O conceito de pagar as dívidas não é uma idéia sentimental, limitado a corresponder as boas relações. O ponto é liberar-se de todas as relações. Se estão apegados a alguém que os feriu, podem necessitar desligar-se dessa relação devolvendo o dano. Assim não é uma questão moral; é uma via de mão dupla.

O sendeiro do guerreiro é uma escotilha de escape, um lugar onde se pode ir depois de ter desmantelado sua vida diária. Não há lugar para o medo, para a indulgência, pena de si , para a culpa ou a nostalgia quando se está rumando para o desconhecido.

Uma determinação inquebrantável é o único caminho que podem tomar ou lhes acontecerão coisas terríveis uma vez que tenham acumulado suficiente energia (mediante o uso da morte como conselheira para cortar o excesso de bagagem).

Não podem estar meio dispostos ou com apenas parte de sua energia, pois lhes acontecerá coisas piores (antes não tivessem enveredado por esse caminho).

Recuperem a energia usada para sustentar o mundo da vida diária. O mundo da vida diária é um edifício gigantesco, porém apóia-se apenas sobre três pilares:

1 - Como nos apresentamos ao mundo. Como nos encaixamos na estrutura da ordem social. A recapitulação nos permite pensar em tudo isto; como nos encaixamos é um espelho de como os outros nos vêem em suas esperanças e temores. Tudo isto requer ENERGIA. O guerreiro em transformação nota que ele ou ela está de cara com a morte e então percebe que conduta e que intensidade é apropriada sob esta luz.

O segundo pilar é nossa necessidade biológica de encontrar um par e nos reproduzirmos. Somos animais sociais. Os bruxos dizem "deixem que outros o façam". Os bruxos necessitam da energia para parar com a dança social e a necessidade biológica para alcançar a Liberdade. Nós não queremos ser a flor que floresce e morre para propagar a espécie. A segurança da família é uma das mais fortes atrações da ordem social. Existe um tremendo medo a estar só, a morrer só. Os bruxos tem que aprender a estar sós, por longos períodos. Esse é o motivo pelo qual Don Juan sempre nos provou deixando-nos sós, por nossa conta, para ver como manejamos a solidão. Porque temos tanto medo de não ver filmes, não ter amigos? É também muito importante aprender a ter silêncio mental, solidão mental, por longos períodos. O mundo então irá colapsar por si mesmo sem o diálogo interno! Sonhar também é muito solitário, encarando os perigos no mundo dos sonhos sozinhos.

Estamos falando acerca de "parar" esta noite e de ter que usar a solidão. Como mulheres, nós não queremos ser uma solteirona, uma amarga solteirona, com um lunar(?) e costeletas nas bochechas(?). Nós aprendemos essas coisas, a necessidade de ser formosas para apanhar um bom marido e temos fundado a indústria cosmética inteira com nossos medos e preocupações. Na recapitulação temos uma chance para ver isto e buscar alternativas.

O caminho do guerreiro (é não ser apanhado no imperativo biológico de formar um par e na dança social motivada pela solidão) é uma transformação que envolve uma afeto sem limites. Não contar o número de romances que temos ou estar em uma relação e sonhar com alternativas que seriam inclusive melhores para nós. O afeto do guerreiro transcende tanto a ordem social que o guerreiro pode mover-se a outra posição do ponto de aglutinação, inclusive um universo desconhecido, e estar todavia cheio de afeto. Assim não tenham medo de fazer em pedaços esse segundo pilar da realidade diária, pois se o fazem não vão deixar afeto ou sentimento algum.

3 - O terceiro pilar da realidade diária é muito sutil; é a importância pessoal. Nós brincamos a respeito de colar um adesivo(?): "a importância pessoal mata", por que o falso sentido de importância pessoal nos mina, é uma grande causa de suicídio, sem mencionar que nos tira o prazer de viver. Qualquer um manifesta a importância pessoal de uma maneira ou de outra, seja querendo ser o melhor em algo ou querendo se fazer de mártir ou sendo o pior - a síndrome do "usa meus ossos como degraus para tua própria glória". Não substituam a falsa humildade ou a falsa modéstia pelo orgulho de sua importância pessoal.

Uma coisa importante para dar-se conta é que vocês não são mais nem menos importantes que qualquer coisa viva. Para dizer de outra forma, somos como formigas em um formigueiro, levando sua carga especialmente grande e pensando que é a mais importante, a melhor, quando em um momento alguém pode pisar nessas formiga e suas companheiras e todas elas serão iguais em sua morte. Algo vai pisar em todos nós algum dia da mesma maneira. Todos somos iguais e a importância pessoal não é nada, exceto um prêmio da ordem social da realidade diária, como droga destilada dentro de seus cérebros para mantê-los escravos da ordem social. É melhor mudar, tomem sua energia agora mesmo e rumem em direção a Liberdade.

O "seletor"(o espírito) é um simples modelo mecânico de uma agulha apontando em uma certa direção e nós alinhamos nossa configuração energética em uma nova posição do ponto de aglutinação. O seletor faz tudo por vocês se tiverem energia suficiente, traz certas coisas do universo para vocês. Uma vez que tenham restaurado sua energia mediante a recapitulação não há necessidade de cânticos ou rituais especiais para mover o ponto de aglutinação. Para onde, como ou porque o seletor move o ponto de aglutinação nós não sabemos; tudo o que podemos fazer é acompanhar o movimento e atuar impecavelmente sob a pressão do "seletor".

A espreita: Eu e os espreitadores em geral usamos a conduta para mover o ponto de aglutinação, para criar um máximo de dissonância cognitiva. Não se pode eleger para onde mover o ponto quando se está vivendo como espreitador, porque se elegem não vão ter suficiente dissonância cognitiva entre a velha e a nova posição. Este é o motivo pelo qual os guerreiros estão sob tremendas pressões, porque o "seletor"- ou o Espírito - elege difíceis novas posições, que são tão atemorizantes ou diferentes que as vezes o ponto de aglutinação de um guerreiro, quando está sujeito a pressão para mover-se, começa a vibrar no lugar devido; isto se pode ver energeticamente. Se o guerreiro cai em lapsos de diálogo interno sobre o que deve fazer então o ponto de aglutinação acaba voltando a posição usual.

Toma uma tremenda pressão mover o ponto de aglutinação e o que necessitamos é manter a pressão alta; porém deverá ser uma pressão harmoniosa ou poderemos ficar loucos. Uma vez que tenham energia suficiente e intento inflexível o ponto se deslocará muito facilmente e sem problemas, e depois que tenham feito a recapitulação, o ponto de aglutinação se moverá sem que nos demos conta disso.

Eu tive certas tarefas eleitas para mim pelo seletor. Tive que viver completamente como diferentes pessoas. Isto não era apenas atuar durante o dia ou sendo consciente de que estava atuando. Era uma completa imersão em um novo ser, as 24 horas do dia. Torna-se uma nova pessoa.

Deixe-me ser Sheila Waters para vocês (ela pôs uma peruca e lentes). Tenho que usar lentes quando sou Sheila Waters.

Sheila Waters foi apontada para mim pelo seletor (o Espírito ou como queiram chamá-lo). Tive que chegar a ser uma mulher de negócios, obter um MBA, licença legal do Estado, investimentos, manter relações de negócios com empresários, contadores e todo tipo de gente do mundo dos negócios. Tive que fazer muitas coisas, fiz e perdi fortunas. Porque quando estamos nessa posição existe uma natural tendência a buscar o êxito, não fracassar, tão natural é a tendência a fazer montanhas de dinheiro, e não apenas manter ou perder dinheiro. Se alguém não atua impecavelmente é fácil perder dinheiro por não escutar a própria voz interna. Decidi que tinha que possuir uma madeireira muito grande no norte e foi realmente uma grande empresa, perfeita em todos os aspectos, exceto por estar perto de MT. St. Helena e quando o vulcão entrou em erupção tudo perdeu-se.

Outras pessoas (tirou a lente e a peruca): no México estive sob a supervisão de Emilito. Ele foi mais um espectador ou um guardião que um mestre. Não interferia para nada nos cenários que o seletor elegia para mim.

Foi Ricky, a primeira posição eleita para mim, um gringo americano machão, fazendo-se passar por um mexicano. Vesti roupas de homem, passei por homem e tive romances com uma dama e até cheguei a usar banheiros masculinos. Não me peçam para que lhes conte o que tive que fazer para usar banheiros masculinos. Vou relatar em meu próximo livro: "A Espreita e o Duplo".

A segunda posição eleita por mim foi uma mulher ingênua do Texas, sobrinha de umas mulheres mexicanas, que em realidade eram supostamente feiticeiras do grupo de Don Juan. Tinha o cabelo rubro e me encontrava nas esquinas esperando atrair homens à essa condição virginal, pois eu atuava como uma virgem e meu cabelo chamava muito a atenção.

É essencial ser absolutamente fluido. Esse é o ponto de todos os exercícios de não-fazer, assim podemos ser absolutamente fluidos e quando o seletor mover seus pontos de aglutinação terão a disciplina necessária para poder fixa-lo na nova posição.

Não podem agir como cínicos manipuladores da conduta. Tem que ser real para vocês, absolutamente real.

Depois fui uma mendiga louca, sentada nas escadarias das igrejas, atacadas por pulgas e mosquitos o dia inteiro. E mesmo sendo alérgica a picaduras em meu papel de mendiga louca não me cuidava e ninguém me incomodava. Eu era uma mendiga louca e desleixada. Ficava ali todo o tempo, vendo o mundo passar e ninguém me notava.

Para concluir, nada é real, apenas uma manipulação da conduta, apenas um resultado da fixação acidental do ponto de aglutinação no nascimento. Isto é o que os espreitadores aprendem ao serem tantas pessoas diferentes. Cada posição é igualmente real e, portanto, igualmente fantasma Nós apreciamos nossas posições presentes, porém mesmo as mais reais são apenas fantasmas quando se movem o ponto de aglutinação.

Toma anos de recapitulação solapar o sentido da realidade. Ao mesmo tempo tive que substituir a realidade com o caminho do guerreiro para evitar a armadilha do cinismo. Mudar nossa forma de responder, reagir ao mundo dentro da arte da loucura controlada, a delícia do guerreiro.

Se temos energia, todas as coisas que o Espírito põe ao seu redor tornam-se eventos de beleza e força. No mais alto sentido suas vidas tornam-se prenhes da arte de viver.

Recordem que vocês já estão mortos, são fantasmas como qualquer outra coisa. Percam o sentido da importância pessoal. Saibam, mas além da sombra da dúvida, que nada é real.

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Perguntas e respostas (as perguntas eram inaudíveis no jardim):
Depois da recapitulação e do não-fazer, então, poderão Ver.

Mover-se dentro de outra banda (alinhamento) do ovo luminoso é como morrer, porque o brilho da consciência do mundo diário terá ido embora. A consciência estará todavia com vocês, porém estarão percebendo uma realidade diferente. Para a realidade ordinária vocês já encontrar-se-ão mortos.

Existem semelhanças entre as teorias de acupuntura chinesa e as descrições dos bruxos quanto ao corpo energético. Se desenham os principais meridianos, eles formam um ovo igual ao que os bruxos descrevem. Também a teoria chinesa diz que nascemos com uma quantidade limitada de energia intrínseca, a mesma visão dos bruxos.

Também algumas pessoas nascem energeticamente mais poderosas que outras. Por exemplo, se os pais são fortes energeticamente e o bebê é criado com leite materno. Porém não se preocupem se não nasceram com uma especial abundância de energia, se formos cuidadosos com nossa energia teremos tudo o que é preciso. 

Também podem receber sacudidas extras quando movem o ponto de aglutinação. Precisamos apenas ser disciplinados na guarda de nossa energia.

Nietzsche dizia que qualquer coisa que não nos mata me fortalece. Esta é a forma que os bruxos pensam. Por outro lado cuidem-se dos filósofos, pois são famosos loucos auto-indulgentes.

Sobre a recapitulação não há um método, Existe um método, porém não é importante se movem a cabeça num sentido ou no outro ou se estabelecem um tempo regular ou um montão de tempo. O importante é o intento inflexível para recapitular, depois o Espírito os guiará dentro da forma correta tanto com relação a forma correra quanto ao tempo ou a quantidade de práticas. Com o intento o tempo se estabelece por si mesmo. Quando tenham o intento correto vão ter 27 gerações de bruxos por trás de vocês.

1 - Intentem.

2 - Façam com integridade. Não se vangloriem ou comparem-se com outros . A competição é a pior coisa do mundo. É o suporte primário para terceiro pilar da realidade diária, o sentido de autoimportância pessoal.

3 - Disciplina, ordem, harmonia. Não deixem tudo à sorte, ao menos intentem. A maioria das pessoas faz uma lista e seguem atrás.

Respirem. A direção não é importante, o importante é usar a recapitulação para trazer a energia.

Uma carta enviada a Carlos Castaneda dizia: Recapitulei durante a noite, posso unir-me a seu grupo agora?

A recapitulação toma toda uma vida. Não se faz em uma noite.

Sagrado Feminino: Kali.

Justamente hoje (08/03//2024) é interessante lembrar de um arquétipo do feminino que é fundamental, não só pela sincronicidade que está rola...